CRITÉRIOS DE INTERPRETAÇÃO DE UMA FONTE HISTORICA EM SALA DE AULA: ANÁLISE DO EXCERTO DE JONAS SAVIMBI NAS VESTES DE MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DO GRAE, A LÚZ DA OBRA DE JOÃO PAULO GANGA

Resumo

O presente artigo científico resulta de um trabalho avaliativo do autor, no módulo de Didática de História no programa de mestrado em metodologia de ensino da História no ISCED-Sumbe e tem como objectivo principal analisar os critérios para interpretação de uma fonte histórica em sala de aula, partindo do exemplo do excerto do discurso de Jonas Savimbi proferido na conferência de Cairo, nas vestes de Primeiro Ministro dos Negócios Estrangeiros do GRAE- Governo Revolucionário Angolano no Exílio. O mesmo documento consta na obra de João Paulo Ganga intitulada: Holden Roberto o pai do Nacionalismo Angolano. Trata-se essencialmente de uma pesquisa bibliográfica através da consulta e  análise interna e externa de um excerto da obra prima acima mensionda, documento tido como fonte primária e que está anexado no corpo deste artigo. Os métodos  utilizados foram essencialmente análise-síntese e o indutivo-dedutivo. As técnicas de coleta de dados foram a observação e a interpretação dos parametros de tratamento de uma fonte histórica, a partir da obra de Maria Candida Proença, o que possibilitou a compreensão e contextualização do excerto, considerando as especificídades do documento. Conclui-se que, o discurso de Jonas Savimbi serviu como um instrumento de ruptura que permitiu o fim das discordâncias de Jonas Savimbi com relação a Holden Roberto, sua desvinculação da FNLA e do GRAE e consequentemente a criação de uma nova força política (UNITA) e a generalização da guerra nacional de libertação em todo o território angolano, com maior enfase no interior de Angola.